Sinner, o sortudo número 1 do mundo: "O meu corpo parece estar a ficar cada vez mais forte".

Foi com um sorriso no rosto que Jannik Sinner soube, no final dos seus quartos de final amplamente dominados contra Grigor Dimitrov (6-2, 6-4, 7-6), que seria o novo número 1 do mundo na segunda-feira. Depois de ter sido aplaudido de pé pelo público francês e de terem sido hasteadas algumas bandeiras italianas, explicou: "Estou muito feliz com este feito. É muito trabalho que fazemos todos os dias. É uma rotina diária. Estou obviamente feliz por ter alcançado esta classificação".

É um motivo de orgulho para ele, mas também para a Itália. De facto, este Roland Garros foi uma oportunidade para dar maior visibilidade à ascensão dos jovens jogadores italianos. Embora Jannik Sinner continue a ser o legítimo porta-estandarte, não quer ofuscar os seus compatriotas cujo espírito impetuoso foi elogiado: Musetti, Arnaldi, Sonego, Paolini e Cocciaretto.

Seja como for, pela primeira vez na história do ténis, o número 1 do mundo é um jogador italiano e tudo indica que assim vai continuar: "Penso que é uma coisa boa para a Itália. Somos um grande país, com grandes treinadores e grandes jogadores. Estou feliz por fazer parte deste movimento italiano.

As pessoas estão a começar a jogar ténis cada vez mais, o que é ótimo. Penso que isso é o mais importante. Todos estão a dar o seu melhor".

Tão ambicioso quanto patriótico, Sinner explica: "Temos muitos torneios. Temos torneios de juniores, Futures e Challengers, e temos grandes torneios, torneios ATP, finais ATP em Turim e Roma, e tivemos o Next Gen em Milão. Penso que a Itália merece, porque é um grande país".

Tendo cedido apenas um set desde o início do Grand Slam (para Moutet nos oitavos de final), o italiano é o favorito ao título. Mas não era para ser assim. Lesionado em Madrid, chegou a Paris sem ritmo. Cheguei aqui com algumas dúvidas, dúvidas físicas, e o meu corpo parece estar a ficar mais forte de dia para dia, o que era o meu principal objetivo ao vir aqui.

Embora o saibro não seja a sua superfície preferida, o transalpino está certamente a progredir em direção à meia-final de sexta-feira, que o colocará frente a um jogador mais habituado a jogar em terra batida, Carlos Alcaraz: "É uma superfície onde por vezes tenho muitas dificuldades, sobretudo no início. Já vimos isso nos últimos anos. Estou ainda mais feliz por estar nas meias-finais.