Jean-Paul Loth: "Alcaraz, este homenzinho que joga melhor do que ninguém

Jean-Paul Loth comentou o seu último jogo de ténis na televisão, no domingo, durante a final dos Jogos Olímpicos de Paris. Aos 85 anos, o francês está a pôr fim a uma vida profissional intensa.

Começou como tenista (jogou a 1ª ronda do Open de França em pares e a última ronda das eliminatórias de singulares), depois foi treinador federal de juniores da Federação Francesa de Ténis (1968-1977), depois Diretor Técnico Nacional (1977-1989) e capitão da Taça Davis (1980-1987). Ao mesmo tempo, foi comentador desportivo na TF1 (1981-1988), France Télévions (1988, 2004) e Eurosport (2013-2024). Ao longo dos anos, para além de ser um especialista reconhecido e respeitado, tornou-se uma das "vozes do ténis" em França.

Tinha como objetivo terminar a sua carreira aos 85 anos e congratula-se por ter podido terminar comentando os Jogos Olímpicos, que considera ser o torneio de ténis mais importante. Está também muito contente por ter podido assistir à chegada do homem que considera jogar ténis "melhor do que ninguém", à frente de Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic: Carlos Alcaraz. Foi o que explicou aos nossos colegas do L'Equipe.

Jean-Paul Loth: "É bom poder concluir o maior evento desportivo do mundo. Nada bate os Jogos Olímpicos pela sua universalidade! Mesmo que alguns fãs de ténis insatisfeitos sugiram que os Grand Slams são melhores.

E há outra razão. As pessoas ficaram tão envaidecidas com a ideia de que, depois do Quarteto Fantástico - Federer, Nadal, Djokovic, Murray - o ténis teria tanta dificuldade em recuperar...

Pois bem, recuperou num ano e meio, graças à chegada deste pequenote (Carlos Alcaraz), que já acertou as contas com toda a gente. Não me interessa se ele ganha 15, 20 ou 40 Grand Slams. Vivi o advento de um jogador que joga melhor do que qualquer outro alguma vez jogou.