Os novos bancos de treinadores começam a convencer: "Gosto quando se pode dizer o que se quer, quando se quer".

Este ano, o Open da Austrália instalou bancadas nos cantos dos três principais courts, para que os treinadores e as equipas de jogadores possam dar os seus conselhos de mais perto.

O exemplo mais marcante foi o de Andy Murray, que se mostrou muito demonstrativo no seu lugar durante a primeira ronda disputada por Novak Djokovic.

O sérvio, favorável a esta evolução, explicou o que tinha podido discutir com o seu novo treinador: "Penso que é positivo o facto de o Open da Austrália ter introduzido esta caixa no court. Permite-me ouvi-los melhor.

Em várias ocasiões, aproximei-me do Andy e perguntei-lhe algo sobre uma ou outra pancada. Ele dava-me a sua opinião, os seus conselhos e os seus pontos de vista.

Coco Gauff, que não esperava que a sua equipa estivesse presente em campo, também se congratulou com a mudança: "Prefiro esta configuração ao que acontecia há alguns anos, quando o treinador tinha de entrar em campo uma vez por set.

Acho que isso era um pouco estranho. Gosto quando se pode dizer o que se quer e quando se quer.

Para mim, isso é ótimo. E dei a escolha aos meus treinadores. Não sabia o que iam escolher até os ver no canto quando entrei no campo.

Não falo muito com eles nos jogos, mas gosto de receber conselhos".

Por sua vez, Iga Swiatek, número 2 do mundo, referiu uma mudança que facilita a comunicação nos grandes courts, onde o ruído e a distância normalmente impedem qualquer conversa:

"A orientação era muito boa nos campos mais pequenos. Mas nos grandes estádios, é impossível ouvir o treinador.

Agora faz mais sentido, porque se pode beneficiar em ambos os casos. Se comunicarmos bem com o nosso treinador, é provável que resulte.

Por seu lado, Aryna Sabalenka gostaria que fossem permitidas mais pessoas nestas bancadas (o número máximo é de quatro):

"Se fizerem isso, assegurem-se de que há mais lugares sentados. Pessoalmente, gosto de ver toda a minha equipa.

Isso é importante para mim. Não quero olhar primeiro para o meu treinador e depois para a bancada onde está o meu namorado."