« Não me parece que esteja em sobre-regime», o capitão do Mónaco na Taça Davis fala sobre o percurso de Vacherot em Xangai
Valentin Vacherot é a bela história do Masters 1000 de Xangai. O monegasco qualificou-se para as meias-finais, derrubando adversários melhor classificados do que ele ao longo de um percurso que tinha começado na fase de qualificação.
Este sábado, o jogador de 26 anos, que fará a sua estreia no top 100 após o torneio, enfrenta o maior desafio da sua carreira contra Novak Djokovic por um lugar na final. O capitão do Mónaco na Taça Davis, Guillaume Couillard, falou sobre Vacherot a poucas horas do seu jogo contra a lenda sérvia.
«Em junho de 2024, ele tinha subido para o 110.º lugar no ranking da ATP e não tinha pontos a defender durante praticamente 6 meses. Estávamos quase certos de que ele ia entrar no top 100 e depois lesionou-se no ombro e não jogou durante praticamente sete meses, ou até mais.
Foi muito complicado, por isso quando retomou, tinha perdido todos os seus pontos. Estava praticamente em 270.º quando retomou, então foi preciso refazer tudo um pouco, porque sabíamos que ele tinha obviamente o potencial para entrar nos 100.
Sentíamos que ele era capaz de vencer a esse nível. Agora, o que é realmente ultra surpreendente é a sequência. Não é fazer uma vez, mas é fazê-lo duas vezes, três vezes, quatro vezes, cinco vezes. É difícil mentalmente e fisicamente aguentar como ele está a fazer. Não me parece que esteja em sobre-regime.
Ele está simplesmente a jogar muito bem, mas como já fez várias vezes. Em 2024, em Monte Carlo, ele tinha vencido o português Borges, que estava no top 40. É mesmo uma etapa estar no top 100. Não é só a simbólica do top 100, isso garante-lhe entrar no quadro principal de um Grand Slam.
Garante-lhe financeiramente estar tranquilo para poder continuar a pagar a sua estrutura, a melhorá-la, tudo isso. Portanto, tem um impacto enorme. E pensar que ele vai poder jogar os maiores torneios do mundo contra os maiores jogadores do mundo, é isso que o faz levantar de manhã. Ele sente que agora, finalmente, tem essa oportunidade.
Sabemos que o Príncipe Alberto é como um louco, ele segue isto, está como um doido. Tanto como Charles Leclerc, quando ele ganhou o Grande Prémio de Fórmula 1. Eu sei que a minha presidente (Mélanie-Antoinette De Massy) apanhou o avião para se juntar a ele. Ela segue todos os nossos jogos da Taça Davis, ela está em todo o lado.
Ela é prima do Príncipe. Ela partiu na quinta-feira após o seu quarto de final. Ela tinha reservado o seu bilhete de avião que era cancelável se o Valentin perdesse. Então ela pegou na sua mala e partiu», garantiu Couillard à RMC Sport.
Xangai 
