« A parte mental teve um impacto enorme contra o Novak», as confissões de Nadal sobre a sua rivalidade com Djokovic
Nadal e Djokovic animaram o ténis mundial durante mais de uma década, empurrando a dois os limites físicos e técnicos deste desporto. Com 60 duelos entre os dois, dos quais 31 vitórias para o sérvio contra 29 para o espanhol, é até hoje uma das rivalidades mais longas da história (a primeira sendo Navratilova contra Evert com 80 encontros).
Por ocasião de uma entrevista concedida ao The Athletic, o canhoto maiorquino explicou o quanto teve de evoluir o seu jogo para continuar a rivalizar com o natural de Belgrado:
«Nunca tivemos tempo para relaxar. Tivemos de empurrar os nossos limites a toda a hora para sermos competitivos naquela época. Quando eu treinava, treinava para melhorar, mas ao mesmo tempo, tínhamos aqueles rivais que continuavam a avançar.
Depois de 2011, eu sabia que tinha de acrescentar coisas ao meu jogo. Isso refletia o quão difícil a situação era. Então, no final da época, disse a mim mesmo: "OK, o que é que eu tenho de fazer para tentar ter melhores hipóteses contra ele, especialmente em courts rápidos?" E a falar com o meu tio Toni e com o resto da equipa, estabelecemos um plano.
Para vencer Djokovic, eu tinha de ser mais agressivo e ter uma bola de melhor qualidade com o meu direito. Esse era o meu objetivo. Eu precisava que o meu corpo e o meu desempenho físico estivessem no mais alto nível para rivalizar com o Novak num court rápido.
O Roger conseguiu cortar os pontos muito rapidamente com o seu serviço, mas o Novak e eu, tínhamos jogos mais similares. Ele era melhor do que eu em piso rápido sem qualquer dúvida, mas em 2013, 2014, eu era capaz de rivalizar com ele.
Depois, mais tarde, com os problemas físicos, perdes um bocado de confiança em alguns dos teus movimentos. Começas a evitar certas coisas porque tens medo de te magoar. Por isso, a parte mental teve um impacto enorme contra o Novak. Eu precisava daquele suplemento de energia em termos de movimentos, para levar o meu jogo e o meu corpo aos seus limites.»