« É fantástico fazer parte desta nova geração», quando Djokovic ironizou sobre a sua idade após vitória sobre Sinner nas meias-finais de Wimbledon 2023

Novak Djokovic, lenda do ténis, mantém-se no top 10 mundial aos 38 anos. Uma longevidade excecional para o sérvio, que atravessou diferentes eras do ténis.

A do Big 3, naturalmente, que dominou amplamente com os seus dois grandes rivais Rafael Nadal e Roger Federer, assim como a geração das futuras lendas do ténis, Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.

No torneio de Wimbledon de 2023, Djokovic, que era então tetradeto campeão ao iniciar o torneio, conseguiu avançar até às meias-finais após vitórias contra Cachin, Thompson, Hurkacz, Wawrinka e Rublev.

Nas meias-finais, era a cabeça-de-série número 8, um certo Jannik Sinner, que se colocava no caminho de Djokovic. Os dois tenistas tinham-se defrontado nos quartos-de-final da edição anterior, e o sérvio, depois de estar a perder por dois sets a zero, tinha saído vitorioso.

Um ano depois, Djokovic, que tinha então 36 anos, não repetiu o mesmo erro e venceu em três sets (6-3, 6-4, 7-6 em 2h48). Após a sua vitória sobre um Sinner com 21 anos na altura (a terceira em igual número de confrontos na época), Djokovic, numa entrevista concedida na court, abordou a sua longevidade, ironizando mesmo sobre a sua idade.

«Foi um jogo muito renhido, o terceiro set poderia ter terminado a seu favor. Ele falhou alguns golpes que me permitiram chegar ao tie-break. O terceiro set foi muito tenso, Jannik (Sinner) mostrou porque é um dos líderes da nova geração e um dos melhores jogadores que podemos ter neste desporto, sem dúvida. É fantástico fazer parte desta nova geração, adoro.

Gosto de pensar que estou a jogar um dos melhores ténis da minha carreira. Tento não olhar para a idade ou outros fatores que possam influenciar o resultado. Parece que 36 anos são os novos 26. Sinto-me bem.

Estou muito motivado para continuar a praticar este desporto que tanto amo. O ténis deu-me tanto na vida, assim como à minha família. Tento ser honesto e retribuir ao ténis sempre que possível.»

Dois dias após o seu triunfo sobre Sinner, Djokovic perdeu após uma esplêndida final frente a Carlos Alcaraz (6-1, 6-7, 6-1, 3-6, 6-4 em 4h42), que assim conquistou o seu primeiro título em Wimbledon.

O sérvio tinha apenas perdido uma final em Londres antes disso, em 2013 contra Andy Murray. O espanhol tornou-se também no primeiro jogador fora do "Big 4" a vencer um Grand Slam em relva desde Lleyton Hewitt em 2002, antes de repetir o feito no ano seguinte contra o mesmo Djokovic, numa final menos memorável que a anterior.