Kostyuk sobre Kasatkina: «Estou muito feliz por ela»
Nesta sexta-feira, Marta Kostyuk garantiu a sua presença na terceira ronda do torneio de Roma, após vencer Daria Kasatkina em dois sets (6-4, 6-2). A ucraniana esteve, no entanto, a perder por 4-2 no primeiro set.
Este foi o sétimo confronto entre as duas jogadoras (4-3 a favor de Kasatkina, agora), mas o primeiro desde que a russa decidiu competir pela Austrália em vez da Rússia, país que representou desde o início da sua carreira até agora.
Antes do jogo, a ucraniana publicou uma mensagem no seu Instagram em que deixou a porta aberta para um aperto de mão no final do encontro, considerando que a mudança de nacionalidade desportiva, como Kasatkina fez nas últimas semanas, merece respeito e coragem.
Kostyuk, de 22 anos, optou desde o início da guerra no seu país por não cumprimentar as jogadoras russas e bielorrussas, mas destacou que Kasatkina sempre se posicionou contra a invasão da Ucrânia pelo exército russo. Após a vitória, Kostyuk voltou a falar sobre a sua adversária em entrevista à Tennis Channel.
«Estava muito feliz por ela e pela decisão que tomou, mas não posso necessariamente considerar-nos amigas. Acho que somos apenas colegas, como é o caso com todas as outras jogadoras no circuito.
Não foi nada oficial, mas agora ela representa a Austrália e estou muito feliz por ela. Não sei qual foi o motivo que a levou a mudar de passaporte. Talvez seja mais agradável representar um país que tem uma bandeira ao lado do nome.
Não sei quais eram as suas intenções. Acho que depende dos valores de cada um. Depende do que defendes, do que apoias. Todos são diferentes.
Não posso tomar decisões pelos outros, mas, obviamente, acho que ela é um bom exemplo de como encontrar uma maneira de sair de uma situação muito delicada em que a vida a colocou.
Às vezes, tenho de me desligar um pouco das notícias. Posso estar em segurança, mas o meu cérebro não sabe a diferença. Quando vejo as notícias sobre a Ucrânia, começo a chorar e fico stressada. Tenho de entrar em campo, ser competitiva e fazer o meu trabalho.
É a minha prioridade no momento. Mas também não posso esquecer que a minha família está lá, e nunca sabemos o que vai acontecer amanhã», concluiu Kostyuk, que enfrentará Leylah Fernandez na próxima ronda.
Rome 
