Nadal: "Se pudesse ter continuado a jogar, tê-lo-ia feito".
Rafael Nadal recebeu um grande número de perguntas na sua conferência de imprensa por ocasião do jogo da Taça Davis entre a Espanha e a Holanda.
Vai retirar-se no final desta semana e é cauteloso quanto à sua participação: "Os finais dos filmes são para Hollywood.
Aqui, concentramo-nos na competição e damos o nosso melhor pela equipa. Tentei trabalhar o mais possível durante um mês e meio para chegar aqui o melhor possível. Penso que fiz muitos progressos.
É difícil avaliar o nosso verdadeiro nível quando não estamos a competir, mas se tiver de jogar uma partida, fá-lo-ei com o máximo entusiasmo e determinação.
Para mim, é muito significativo despedir-me de Espanha e do campo. Não posso prever como me vou sentir, mas tenho de pôr as minhas emoções de lado.
O capitão decide, e o que é importante para a equipa tem prioridade.
Nadal também explica as razões da sua retirada: "Vou sentir muita falta da rotina diária, bem como da adrenalina sentida no campo e do ambiente graças aos adeptos.
A razão pela qual vou deixar os courts é porque sinto que já não sou suficientemente competitivo.
Poderia jogar mais um ano para me despedir dos torneios mais importantes da minha carreira, mas não faz sentido continuar quando tenho plena consciência de que o meu corpo não me permite atingir os objectivos competitivos que me motivam.
Não estou exausto com o ténis; se pudesse continuar a jogar, tê-lo-ia feito. Disse há mais de um ano que não merecia despedir-me numa conferência de imprensa e que queria dar-me uma oportunidade de regressar.
Foi o que fiz, e as coisas não correram como eu tinha planeado. Estou em paz comigo próprio, porque dei tudo durante a minha carreira profissional.
O meu corpo não me dá a margem de manobra necessária para criar as janelas de treino e de competição que gostaria".