Sabalenka saboreia o triunfo heroico sobre Rybakina: "Não sei como o consegui"

Num encontro mais tenso do que nunca, Aryna Sabalenka conseguiu no final do suspense a sua passagem à final de Madrid (1-6, 7-5, 7-6 em 2 horas e 17 minutos). Contra uma Elena Rybakina muito sólida, a bielorrussa foi dominada durante muito tempo antes de finalmente se impor. Depois de um primeiro set unilateral (6-1), em que a número 2 mundial não conseguiu fazer funcionar o seu jogo, a partida começou lentamente a equilibrar-se. Sabalenka redescobriu a eficácia do seu primeiro serviço e começou a pressionar cada vez mais na devolução. Recuperou o controlo depois de um break de desvantagem, antes de aproveitar o serviço da sua adversária pela última vez para chegar a um set em 7-5. Num último ato em que ambas as jogadoras mantiveram o seu serviço até ao fim, foi finalmente num tie-break de grande nível que a campeã em título venceu no seu terceiro match point (1-6, 7-5, 7-6).

Quando questionada sobre esta vitória milagrosa, a jogadora de 25 anos não pareceu pensar muito sobre o assunto: "Sinceramente, não sei como o consegui. Só tentei dar o meu melhor e lutar por cada ponto. Esperava ter uma hipótese de virar o jogo, por isso estou muito feliz por ter conseguido. Estou muito contente porque foi um jogo muito difícil, lutei contra o meu serviço durante todo o primeiro set, não consegui ganhar confiança até começar a ganhar jogos mais facilmente. Isso deu-me energia extra para continuar a lutar. [...] O facto de o meu serviço ter voltado ao normal deu-me a oportunidade de lutar pelo jogo". (Entrevista na conferência de imprensa).

Há já algum tempo que muitos seguidores do ténis feminino tendem a considerar Aryna Sabalenka, Iga Swiatek e Elena Rybakina como um "big 3". Questionada sobre se este "big 3" existe realmente, a bicampeã do Open da Austrália (2023, 2024) respondeu afirmativamente: "Gosto do facto de nos chamarem Big 3, tenho a impressão de que, de certa forma, nos motivamos mutuamente. Por vezes, damos um mau bocado uns aos outros, mas ao mesmo tempo isso ajuda-nos a melhorar e a trabalhar cada vez mais, à procura de coisas novas. Estive ausente durante alguns torneios (não disputo meias-finais desde o Open da Austrália), por isso vamos ver como as coisas evoluem, foi apenas um torneio. Espero que a época continue assim e que voltemos a ser os três grandes".

Na final, Aryna Sabalenka vai defrontar a eterna número 1 mundial, Iga Swiatek. Este encontro será um jogo de vingança, já que no ano passado a bielorrussa conseguiu a proeza de derrotar a polaca e conquistar o segundo título em Madrid (depois de 2021).