Wimbledon faz exceção à sua tradição histórica de vestuário para homenagear Diogo Jota

Wimbledon é um dos quatro torneios do Grand Slam no ténis profissional, mas é conhecido por ser o evento Major com mais tradições. A mais conhecida delas é, sem dúvida, a obrigatoriedade de os jogadores usarem roupas brancas para participar no torneio.
Desde a criação do torneio em 1877, esta regra esteve sempre em vigor e nunca foi abandonada, embora os Jogos Olímpicos de Londres em 2012, que decorreram no All England Club, tenham permitido que os jogadores competissem com as cores dos seus países. Pela primeira vez em 148 anos de história, Wimbledon vai colocar entre parênteses a sua tradição de vestuário, por algumas horas.
De facto, a organização do torneio vai tolerar o uso de uma braçadeira preta para permitir que os jogadores que o desejem prestem homenagem, à sua maneira, a Diogo Jota e André Silva, dois futebolistas portugueses que faleceram tragicamente num acidente de carro na noite de quarta para quinta-feira em Espanha.
Uma boa notícia para Francisco Cabral, tenista português de pares, que não conseguiu usar a braçadeira no seu jogo de ontem e que, assim, poderá homenagear o seu compatriota no próximo encontro.
«Diogo Jota é um grande nome, não só em Portugal, mas também no mundo. Era um homem maravilhoso, com uma família linda e três filhos. Desejo-lhes tudo de bom. É muito difícil para a família superar esta perda.
Não consegui arranjar uma braçadeira a tempo para hoje (quinta-feira), mas quero usá-la no próximo jogo», afirmou ele ao The Mirror nas últimas horas.
Jogador do clube inglês Liverpool desde 2020, Diogo Jota, vencedor da Premier League em maio passado, faleceu nas últimas horas aos 28 anos, poucos dias após o seu casamento.