Wimbledon sem Federer, Nadal ou Djokovic, pela primeira vez desde 1999
A mudança de época é cada vez mais evidente no pequeno mundo do ténis. Enquanto os dois primeiros lugares do ranking ATP são ocupados desde segunda-feira por Jannik Sinner (22) e Carlos Alcaraz (21), outros sinais não enganam.
E a edição de 2024 de Wimbledon (01 a 14 de julho) não é exceção. O Grand Slam britânico deverá realizar-se sem Rafael Nadal, Novak Djokovic e, claro, Roger Federer. Sem a presença de nenhum membro do Big 3 na relva londrina, seria a primeira vez desde 1999, quando o suíço participou pela primeira vez.
No que diz respeito a Federer, não há dúvida de que estará ausente, uma vez que se retirou em 2022. Agora, cuida da sua pequena família e viaja pelo mundo para dar conselhos e partilhar a sua experiência no ténis, no desempenho ao mais alto nível e na vida em geral (ver o nosso artigo "A lição de vida de Federer, em modo de grande filósofo").
Para Rafael, esta é uma decisão estratégica. Os Jogos Olímpicos de Paris, que serão disputados nos courts de terra batida de Roland Garros (27 de julho a 4 de agosto), são o seu principal objetivo para o verão. O espanhol não tenciona correr riscos na relva, apesar de ter recuperado as sensações da superfície ocre.
Por último, para Djokovic, é o seu corpo que deve decidir se vai ou não estar presente. Lesionado no menisco do joelho direito nos oitavos de final do Open de França (04 de junho de 2024), o sérvio foi operado imediatamente a seguir (05 de junho) e, teoricamente, não deverá conseguir recuperar 100% da sua forma física em menos de um mês. O atual número 3 do mundo tem também como objetivo regressar ao torneio olímpico de 27 de julho.
Apesar dos esforços dos nossos campeões para evitar que isso aconteça, o tempo passa e, inexoravelmente, cobra o seu preço. É assim a vida, em toda a sua beleza e drama, e o ténis não é exceção.
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