A América do Sul não tem o mesmo apoio financeiro que os torneios de Dubai, Doha e Acapulco", disse Coria, fatalista em relação ao torneio de Santiago.

Na noite de quinta-feira, Federico Coria eliminou o último jogador chileno do torneio de Santiago, para desgosto do público.
O argentino derrotou Alejandro Tabilo em três sets (7-6, 4-6, 6-3) e agora enfrentará Camilo Ugo Carabelli nas quartas-de-final.
Na conferência de imprensa, o jogador de 32 anos, 136º do ranking mundial, foi questionado sobre o calendário do torneio de Santiago.
Nos últimos dias, Nicolas Jarry tinha dito que esta era a pior semana do ano para jogar o torneio, que se realiza na mesma semana que dois ATP 500 (Dubai e Acapulco) e apenas uma semana antes do primeiro Masters 1000, que se realiza em court duro em Indian Wells.
O chileno também declarou que não faz sentido vir jogar em Santiago, que acontece na semana seguinte ao torneio ATP 500 do Rio de Janeiro, para qualquer jogador que não seja de nacionalidade sul-americana.
"Estamos a competir com Dubai, Doha e Acapulco. Acham mesmo que se este torneio se realizasse em campo duro, os jogadores mudariam os seus planos e viriam para Santiago?
Não creio que os melhores jogadores do mundo viessem. Na melhor das hipóteses, talvez viesse o Bublik. A América do Sul não tem o mesmo apoio financeiro que outros torneios têm nestas semanas.
O torneio de Santiago deveria ser disputado durante a primeira semana da digressão sul-americana (Buenos Aires, Rio, Santiago), para que os jogadores não cheguem aqui tão cansados.
Os organizadores do torneio e a ATP podem analisar a possibilidade de jogar na semana em que se realizou Córdoba (um torneio que desapareceu do calendário este ano), e aqueles com um ranking muito bom teriam também a possibilidade de jogar em Acapulco.
Mas não sei, Nicolas Jarry poderia terminar o seu torneio no Rio e depois ir para Acapulco", assegurou Coria aos meios de comunicação Clay.