De Londres a Seul: quando a entressafra se transforma numa digressão mundial de exibições
O mês de dezembro assemelha-se agora a um circuito paralelo: a grande final da UTS (Ultimate Tennis Showdown) em Londres, o Miami Invitational, a Garden Cup em Nova Iorque, exibições na Índia, em Macau, em Dubai ou na China.
Os nomes destas provas, muitas vezes espetaculares, são pensados para atrair o olhar e manter o interesse do público, mesmo numa altura em que os fãs, já saciados de ténis durante quase onze meses, parecem contudo sempre prontos a consumir mais.
Um duelo entre Sinner e Alcaraz antes do Open da Austrália
As programações também apostam no apelo das estrelas: Carlos Alcaraz participa numa mini-tourné americana, Aryna Sabalenka é a cabeça de cartaz da exibição organizada no Madison Square Garden, enquanto Daniil Medvedev ou Gaël Monfils rumam à Índia para disputar alguns encontros por equipas mistas.
Algumas estendem-se mesmo até ao mês de janeiro, como esta exibição organizada na Coreia do Sul, marcada logo antes do Open da Austrália, que propõe um duelo entre Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.
Para os organizadores, os ingredientes são portanto simples: liberdade total quanto ao calendário, formatos curtos e forte rentabilidade. As estrelas podem ser abordadas sem as restrições da ATP ou da WTA, enquanto aproveitam cachês por vezes comparáveis aos de torneios oficiais, por um esforço reduzido.
A investigação completa disponível este fim de semana
Encontre a investigação completa «Calendário saturado, exibições multiplicadas: o paradoxo que divide o ténis durante a entressafra» no TennisTemple no fim de semana de 6 a 7 de novembro.
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