« Gostaríamos de ver um Tsitsipas ou um Rune a jogar em duplas», Mahut fala sobre as mudanças necessárias para revitalizar a disciplina
Nicolas Mahut está prestes a jogar os seus últimos jogos no circuito profissional. Com 43 anos, o francês fará um regresso às duplas com Pierre-Hugues Herbert em Paris. Adepto desta disciplina, Mahut conquistou todos os títulos do Grand Slam, incluindo Roland-Garros por duas vezes.
Numa entrevista divulgada pelo Punto de Break, o natural de Angers deu a sua opinião sobre as duplas no circuito profissional. Segundo ele, esta disciplina está destinada a declinar se não forem feitas várias mudanças:
«É verdade que a visão que se tem hoje sobre o circuito de duplas não é a mesma em todo o lado. Ao contrário do que acontece em países anglo-saxónicos como os Estados Unidos, a Inglaterra ou a Austrália, onde há uma cultura de duplas mais forte, em França a situação é bastante desvalorizada.
Muitas vezes, o jogador que não teve sucesso em singulares é aquele que vai para as duplas. Seria preciso fazer algo diferente em termos de programação e comunicação. Isso não tem nada a ver com as redes sociais, onde há cada vez mais imagens, mas um jogo de duplas nunca é promovido a menos que haja um ator individual envolvido.
Num Masters 1000, por exemplo, é preciso pensar no momento em que um jogo de duplas é agendado. Todos concordamos que gostaríamos de ver um Tsitsipas ou um Rune a jogar em duplas, tenho a certeza de que muito público viria vê-los, porque gostam de assistir a esta disciplina.»
Calvário das lesões e falta de dinheiro: a dupla pena dos tenistas longe das estrelas do Top 100
O ténis, novo terreno de jogo da Arábia Saudita
A guerra dos equipamentos: como os contratos de roupa dominam o negócio do ténis
O impacto da guerra no ténis na Ucrânia: apoios financeiros, fundações, instâncias e quebra‑cabeças de todo o tipo